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Duas profissões estão associadas a menor risco de morte por Alzheimer

Estudo envolveu 8.972.221 pessoas de 443 ocupações diferentes que morreram entre 2020 e 2022

Pesquisas sobre o Alzheimer têm se intensificado na busca por fatores que possam ajudar a prevenir ou reduzir o risco de desenvolver a doença. Um estudo recente da Escola de Medicina de Harvard identificou duas profissões que parecem estar ligadas a um risco reduzido de morte por Alzheimer: motoristas de táxi e motoristas de ambulância.

O estudo, publicado no British Medical Journal (BMJ), analisou as certidões de óbito do Sistema Nacional de Estatísticas Vitais dos Estados Unidos, abrangendo 8.972.221 pessoas de 443 ocupações diferentes, que faleceram entre 2020 e 2022. Desses, 3,88% (cerca de 348.328) tiveram Alzheimer listado como causa da morte.

Entre as profissões analisadas, os motoristas de táxi se destacaram, com apenas 1,03% (171 de 16.658) das mortes atribuídas à doença. Já os motoristas de ambulância apresentaram uma taxa ainda mais baixa, de 0,74% (10 de 1.348). Essa tendência foi exclusiva dessas funções e não foi observada em outros empregos relacionados ao transporte, nem em casos de outras demências.

A pesquisa sugere que a ligação entre essas profissões e um risco reduzido de Alzheimer pode estar relacionada ao “processamento espacial e de navegação frequente” exigido nas atividades diárias desses profissionais. As habilidades cognitivas necessárias para se movimentar e encontrar caminhos, assim como a necessidade de tomar decisões rápidas e imprevisíveis, podem desempenhar um papel importante na saúde do cérebro, especialmente em áreas como o hipocampo, fundamental para a memória e a navegação.

Embora o estudo sugira uma correlação, ele não comprova que o trabalho de motorista por si só seja um fator protetor contra Alzheimer, mas destaca a importância de explorar mais a fundo essa possível relação.

A doença de Alzheimer é uma condição cerebral progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento, e sua prevenção continua sendo um desafio para a medicina. Especialistas apontam que fatores como atividade física regular, alimentação saudável, manter a mente ativa e evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo podem contribuir para reduzir o risco da doença.

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