Fabricante de chips tem enfrentado uma demanda fraca por equipamentos de data center, ao mesmo tempo em que investidores aguardam um novo CEO
A Intel reportou seus resultados do trimestre encerrado em dezembro. A receita da companhia caiu 7% em relação ao ano anterior, para US$ 14,26 bilhões, acima das estimativas de US$ 13,81 bilhões. A fabricante de chips tem enfrentado uma demanda fraca pelos seus equipamentos de data center, ao mesmo tempo em que os investidores aguardam um novo presidente-executivo para a companhia.
A empresa projeta uma receita de US$ 11,7 bilhões a US$ 12,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante estimativa média dos analistas de 12,87 bilhões, segundo dados compilados pela LSEG. A previsão de demanda mais lenta foi atribuída à “sazonalidade normal” e a possíveis tarifas do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, declarou em entrevista David Zinsner, CEO interino e diretor financeiro da companhia. Zinsner afirmou que o objetivo da empresa é garantir que as despesas operacionais fiquem em cerca de US$ 17,5 bilhões em 2025.
As ações da Intel, sediada em Santa Clara, na Califórnia, subiam mais de 1,9% no pós-mercado dos Estados Unidos, em negociações voláteis. Em 2024, os papéis caíram cerca de 60%. Enquanto a companhia passa por uma transição histórica e tenta se recuperar de um de seus períodos mais difíceis, também tem lutado para aproveitar o boom dos investimentos em chips avançados para IA – um mercado dominado pela Nvidia.
Em base ajustada e por ação, a Intel previu que alcançaria o break-even no trimestre atual. Analistas esperam lucro ajustado de US$ 0,9 por ação.
A empresa está investindo para se tornar uma fabricante contratada de chips para outras empresas, o que tem gerado preocupação entre alguns investidores sobre a pressão sobre seu fluxo de caixa. O ex-presidente-executivo Pat Gelsinger foi demitido no mês passado, deixando dois CEOs interinos à frente da empresa e uma estratégia de recuperação incerta.