O desabamento de parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como a Igreja de Ouro, no Centro Histórico de Salvador, resultou na morte de uma pessoa e deixou outras cinco feridas na tarde da última quarta-feira (5). O antes e o depois da tragédia resultaram na imagem da semana de MR, evidenciando a gravidade do acidente e, novamente, o custo de vida humanas e falta de cuidado com o patrimônio histórico nacional.
A vítima fatal foi Giulia Panchoni Righetto, uma turista paulista de 26 anos. Uma amiga que a acompanhava está entre os feridos e foi hospitalizada. Os demais foram atendidos em uma emergência e receberam alta.
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Desabamento do teto de igreja histórica mata uma pessoa e fere cinco no Pelourinho, em Salvador.
— Jornal Nacional (@jornalnacional) February 6, 2025
A Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como Igreja do Ouro, é uma das mais visitadas da capital baiana.
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Colapso de um tesouro histórico
O incidente ocorreu por volta das 14h30, no templo da Ordem Primeira de São Francisco, no Largo do Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho. Registros de testemunhas mostram o estrago causado pela queda da estrutura. A área onde os fiéis assistiam às missas foi soterrada pelos destroços, compostos, em sua maioria, por madeira fragilizada e fragmentos de estuque.
A Polícia Federal e a Polícia Civil da Bahia investigam as causas do desabamento, enquanto a Defesa Civil interditou a igreja. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também deve enviar uma equipe técnica para avaliar a situação.
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Patrimônio deteriorado
Considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, a Igreja de São Francisco de Assis tem o interior revestido de ouro e é tombada como patrimônio material do Brasil. No entanto, a ausência de manutenção adequada permitiu a deterioração da estrutura.
Desde 2023, problemas eram evidentes. Relatos indicavam teto desgastado, fiação exposta, pilastras sem reboco e piso desnivelado, além do escoramento precário do teto dos corredores. Na época, o Iphan afirmou que estava em fase de elaboração de projetos de restauração, mas as obras ainda não haviam sido iniciadas.
Em meio ao cenário de abandono, o templo continuava recebendo visitantes diariamente, com ingresso a R$ 10. Mesmo com riscos iminentes, apenas uma parte do pátio foi interditada em 2023 devido à possibilidade de queda do pináculo direito da torre, uma estrutura metálica de mais de uma tonelada.
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