Queda foi de 0,1%, encerrando o ano com um crescimento acumulado de 4,7%, aponta IBGE
As vendas no comércio varejista brasileiro registraram queda de 0,1% em dezembro, encerrando o ano com um crescimento acumulado de 4,7%. O desempenho anual foi o mais expressivo desde 2012 e superou as expectativas do mercado, que projetavam um avanço de 3%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No varejo ampliado, que engloba os segmentos de veículos, materiais de construção e atacado de produtos alimentícios, a queda mensal foi mais acentuada, chegando a 1,1% em dezembro. O resultado contrariou as previsões dos analistas, que esperavam uma retração de apenas 0,1%. Apesar disso, o setor registrou um crescimento de 4,1% ao longo de 2024, o maior desde 2021.
Mesmo com a retração no varejo nos últimos dois meses do ano, o desempenho do setor refletiu um período de aquecimento econômico, impulsionado pela queda do desemprego e pelo aumento da renda disponível para as famílias. Esse cenário favorável contribuiu para um crescimento acima do esperado no acumulado do ano.
Para 2025, entretanto, as perspectivas são mais cautelosas. A desvalorização do real frente ao dólar e a manutenção de juros elevados pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) podem impactar negativamente o desempenho do setor. Economistas alertam que esses fatores podem reduzir o ritmo de crescimento do comércio nos próximos meses, exigindo atenção redobrada por parte dos empresários e investidores.