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Japão libera reservas de arroz para conter alta de preços

Esta é a primeira vez que o governo recorre às reservas devido às pressões sobre os preços do cereal

O governo do Japão anunciou nesta sexta-feira (14) a liberação de suas reservas estratégicas de arroz para conter a disparada nos preços do alimento básico da culinária japonesa. A decisão ocorre após uma alta de 64,5% nos valores do cereal em dezembro, a maior elevação em quase meio século.

Assim como os Estados Unidos mantêm reservas estratégicas de petróleo, o Japão possui estoques de arroz há quase 30 anos para lidar com situações emergenciais, como colheitas fracas, desastres naturais e terremotos. No entanto, esta é a primeira vez que o governo recorre às reservas devido às pressões sobre os preços do cereal.

Uma colheita ruim em 2023, somada a problemas nos circuitos de distribuição em 2024, impulsionou a alta no preço do arroz. De acordo com um relatório governamental divulgado este mês, o preço médio de um saco de cinco quilos chegou a 3.688 ienes (cerca de R$ 138), comparado a 2.023 ienes (R$ 76) no mesmo período do ano anterior.

Diante desse cenário, o ministro da Agricultura, Taku Eto, anunciou nesta sexta-feira (14) que o governo disponibilizará ao mercado aproximadamente 210.000 toneladas de arroz, correspondendo a 10% do consumo nacional, oriundas das reservas estratégicas.

Histórico das reservas e nova regulamentação

O Japão instituiu um fundo estratégico de arroz em 1995, após uma colheita insuficiente em 1993 ter causado uma escassez severa, levando consumidores a enfrentarem longas filas nos supermercados. Inicialmente, a legislação permitia o uso das reservas apenas em casos de colheita fraca ou desastres naturais.

Contudo, uma nova regulamentação aprovada em janeiro ampliou as condições para o uso do estoque, permitindo a liberação também em situações de dificuldades na distribuição. Essa mudança possibilitou a atual intervenção do governo, visando estabilizar o mercado e aliviar o impacto sobre os consumidores japoneses.

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