R$ 6 bilhões devem ser injetados na economia do estado. Levantamento da Fhoresp prevê aquecimento durante os cinco dias de folia
O Brasil vai parar nos próximos dias com o Carnaval. Segundo levantamento da Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), a taxa de ocupação da rede hoteleira no litoral paulista deve alcançar 85%. Já no interior e na capital, o índice pode chegar a 65%. As estimativas compreendem o período de 28 fevereiro a 5 de março.
De acordo com Ênio Miranda, diretor de Planejamento Estratégico da Fhoresp, entidade que representa 500 mil empresas em pleno funcionamento, incluindo padarias e lanchonetes. “Os dados da Federação mostram que o período festivo impacta de maneira positiva as mais diversas regiões do nosso estado, com injeção de recursos no segmento econômico em geral”, destaca.
Com uma combinação de praias, de eventos culturais e de festas, os litorais norte e sul atraem públicos diversificados, desde famílias, que buscam tranquilidade para o descanso, até os mais jovens, que curtem aventura, esportes radicais e folia. O resultado é a alta taxa de ocupação, que deve ser ampliada até a sexta (28).
Cidades do interior, com infraestrutura forte em lazer, também atraem milhares de visitantes nesta época do ano, tanto que a taxa projetada pela Fhoresp quanto a leitos ocupados superando os atuais 65%. “Nas estâncias turísticas, este índice pode, facilmente, chegar a 100%”, afirma Miranda.
Capital
A programação de Carnaval na capital é o ponto alto. Destaque para o desfile das escolas de samba, no Sambódromo do Anhembi, e outros 601 blocos de rua que animam os bairros de São Paulo. A previsão é de 65% de ocupação de hotéis e pousadas. A Prefeitura de São Paulo estima um público de 16 milhões de pessoas, entre elas 1,5 milhão de turistas, no Carnaval de 2025.
Bruno Omori, diretor de Jogos e de Hospitalidade, observa que, além de hotéis e dos restaurantes, o Carnaval movimenta outras vertentes econômicas, como organização de eventos, decoração, entretenimento, bem como o comércio de vestuário e de adereços. “No geral, ao menos R$ 6 bilhões, de forma direta, devem ser injetados na Economia paulista”, calcula.