A instalação do Prisômetro pela Prefeitura de São Paulo gerou críticas e comparações. Em meio a debates sobre o uso de reconhecimento facial para capturar foragidos, muitos cidadãos têm associado a iniciativa ao cenário distópico de Gotham City, a fictícia metrópole sombria do Batman. A inauguração do painel é a Imagem da Semana de MONEY REPORT por causa de sua conotação política e falta de contexto geral.
Inaugurado na terça-feira (25), é segue a mesma lógica do Impostômetro, exibindo em tempo real as prisões realizadas com ajuda do sistema Smart Sampa, que utiliza reconhecimento facial para informar por onde andam também suspeitos e pessoas desaparecidas. A iniciativa recebeu críticas da Defensoria Pública, que solicitou a suspensão do uso dessa tecnologia nos blocos de Carnaval, citando preocupações com privacidade e direitos fundamentais – mas o principal é o risco de tumultos no meio das ruas lotadas de foliões. Não há um protocolo de ação para as polícias nestas situações.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) rebateu a Defensoria, afirmando que a tecnologia auxilia na segurança da população e que não há impedimento para a prisão de quem tem mandado em aberto. Especialistas em segurança apontam que um número absoluto de prisões pode passar uma falsa impressão de segurança, sugerindo que o foco deveria estar na redução da criminalidade como um todo. Ou seja, o Prisômetro está mais para Encarcerômetro ou Detentômetro, pois só faz a conta seca, sem informar quantas penas de reclusão, prisões temporárias, preventivas, liberdades provisórias, solturas, cumprimentos de pena, progressões, saidinhas, absolvições e, tampouco, quantas detenções foram injustificadas.