Em relatório enviado aos seus clientes, a Guide Investimentos fez diferentes projeções para o preço do dólar após o período eleitoral. A corretora trabalhou com três cenários distintos: um com vitória de Fernando Haddad (PT), outro com triunfo de Jair Bolsonaro (PSL) e o último com Geraldo Alckmin (PSDB) vitorioso. Para cada candidato, o estudo projetou três valores possíveis para a moeda americana, dependendo de como vai estar o cenário externo (melhor, pior ou igual na comparação com a realidade atual). No contexto mais pessimista possível, o dólar ultrapassa a marca de R$ 5 com Haddad eleito e uma piora vinda do exterior. No mais otimista, o dólar pode chegar próximo aos R$ 3 com Alckmin eleito e um alívio vindo de fora. Como Bolsonaro é considerado uma incógnita pelo mercado, o relatório aposta na manutenção do cenário interno atual, com a variação do câmbio dependendo mais do exterior.
Responsável pelo estudo, o economista Victor Candido utilizou dois momentos importantes na história do câmbio brasileiro para analisar os cenários com Haddad ou Alckmin. No caso do petista, Candido usou como base o movimento cambial verificado na primeira eleição de Lula, em 2002, quando o dólar se aproximou dos R$ 4. Para o tucano, a referência foi a queda da moeda americana durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.