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Área de escritórios na Rebouças cresce mais de 120% em um ano

Novo polo corporativo de São Paulo precisa absorver estoque crescente, que aumentará 40% até 2026

A Avenida Rebouças, que vem se consolidando como um dos mais recentes polos de escritórios de São Paulo, está passando por uma transformação acelerada. De acordo com um levantamento da consultoria imobiliária Binswanger, a área destinada a escritórios para locação na região cresceu 120% entre o final de 2023 e dezembro de 2024, alcançando aproximadamente 98 mil metros quadrados.

A projeção para os próximos anos indica um crescimento contínuo. Até o final de 2026, a oferta deve aumentar mais 40%, e novos projetos em fase de desenvolvimento poderão elevar esse número em até 73% sobre o volume atual, chegando a 169,2 mil metros quadrados de área locável.

Apesar desse avanço, a região ainda representa uma fatia pequena do mercado de escritórios da capital paulista. Alguns complexos empresariais na zona sul da cidade, por exemplo, possuem individualmente mais de 50 mil metros quadrados de área locável. A Avenida Rebouças, no entanto, destaca-se por seu perfil de desenvolvimento recente, impulsionado por mudanças no zoneamento. A região é predominantemente composta por prédios menores e de uso misto, combinando espaços comerciais, hotéis e residências.

Mesmo com a ampliação da oferta, a taxa de vacância na Rebouças registrou queda de 15,7 pontos percentuais em um ano, atingindo 44,2% em dezembro de 2024. Esse percentual, embora inferior ao do ano anterior, ainda é quase o dobro do registrado no terceiro trimestre do ano passado. Nos últimos três meses de 2024, três novos edifícios comerciais foram entregues, mas ainda não foram totalmente absorvidos pelo mercado.

Para efeito de comparação, a taxa de vacância geral da cidade de São Paulo fechou 2024 em 19,3%.

Segundo a análise da Binswanger, a tendência é que a vacância na Rebouças continue em queda pelo menos até 2026, quando um novo volume significativo de escritórios será disponibilizado. Esse movimento pode pressionar os preços de locação para cima. Em 2024, o valor médio pedido para aluguéis na região foi de R$ 147,17 por metro quadrado, um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior. No contexto da cidade, o preço médio foi de R$ 116,49 por metro quadrado.

Apesar da valorização, os preços da Rebouças ainda estão bem abaixo dos valores praticados na vizinha Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. Na Faria Lima, o metro quadrado fechou o ano cotado a R$ 208,06, chegando a R$ 262,18 nas quadras mais disputadas. Essa diferença de preços tem atraído o setor financeiro para a Rebouças, que já responde por 26% da ocupação de escritórios na região, com destaque para empresas como Nubank e Stone Pagamentos.

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