Com uma estimativa de 750 mil toneladas, vitivinicultores acreditam que aquecimento aliviará perdas provocadas pelas grandes enchentes

Após a tragédia climática que devastou o Rio Grande do Sul, o estado projeta um ano animador para os produtores de uvas e vinhos. O Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) estima uma colheita recorde de 750 mil toneladas em 2025.

Em relação ao último ano, o crescimento deve atingir de 38,5% na na cadeia produtiva de vinhos, espumantes, sucos e derivados. Os resultados prometem aquecer a comercialização e impulsionar o setor, aliviando as perdas.

“A nossa perspectiva é que o mercado neste ano se amplie e tenhamos um ano com um bom aumento na comercialização de produtos vitivinícolas, dada a qualidade da safra, uma das melhores que já colhemos”, diz o diretor da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Darci Dani.

O entusiasmo com os números da safra é ratificado pelo presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE) e produtor, Mário Lucas Ieggli, que afirma que os produtores consideram esta uma das melhores safras da última década. “Para vinhos tintos e brancos de variedades mais tardias podemos esperar bastante estrutura, potência e álcool um pouco elevado. No que diz respeito aos espumantes, observou-se sanidade e equilíbrio excelentes entre acidez, açúcar e pH”, afirmou.