O Ibovespa fechou em baixa de 0,77% nesta segunda-feira (24), aos 131.321 pontos. O dólar subiu 0,61%, cotado a R$ 5,75 no encerramento. O índice nacional abriu a semana no vermelho, pressionado pela retomada de incertezas sobre o cenário fiscal, desempenho do setor de mineração e novas ameaças tarifárias dos Estados Unidos. No cenário doméstico, os investidores repercutiram declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que geraram mal-estar no mercado nas primeiras horas do dia. Haddad declarou que “do ponto de vista da arquitetura, o arcabouço funciona; as metas você pode mudar”. Depois do fim do evento — e a reação negativa do mercado —, o chefe da pasta econômica afirmou que a expressão teve o entendimento “distorcido”. “[Eu] disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal. Que estou confortável com os seus atuais parâmetros”, afirmou o ministro em publicação no X. O mercado ainda seguiu em compasso de espera pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve trazer mais detalhes sobre a decisão de política monetária. Na última quarta-feira (19), o Copom elevou a Selic para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro. No comunicado, o colegiado do Banco Central sinalizou uma nova alta na taxa básica de juros na próxima reunião, em maio. Lá fora, os agentes financeiros reduziram a aversão ao risco com otimismo de que o presidente Donald Trump pode deixar de implementar algumas tarifas anunciadas anteriormente, o que poderia evitar uma desaceleração econômica no país decorrente de uma guerra comercial prolongada. Ele disse que poderá conceder a “muitos países” descontos nas tarifas. Em coletiva a jornalistas na Casa Branca, Trump ainda anunciou que qualquer país que compre petróleo ou gás da Venezuela pagará uma tarifa de 25% sobre negociações feitas com os EUA e também criará taxas sobre automóveis, alumínio e produtos farmacêuticos em breve.
As maiores altas foram da Livetech (28,04%) e Americanas (18,19%). As baixas, Trevisa Investimentos (-8,8%) e Lupatech (-6,94%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram evolução: Infracommerce (12,5%), Hapvida (-4,15%), preferenciais do Bradesco (1,04%), B3 (-1,27%) e preferenciais da Itaúsa (0,21%). O volume negociado foi de R$ 18,51 bilhões.
