Dados mostram resiliência do mercado de trabalho americano, apesar de leve alta no desemprego
Os Estados Unidos registraram a criação de 228 mil empregos em março, número que surpreendeu positivamente o mercado financeiro. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), mostram uma aceleração em relação a fevereiro, quando foram abertas 151 mil vagas.
Apesar da expansão do mercado de trabalho, a taxa de desemprego apresentou uma leve alta, passando de 4,1% para 4,2% no comparativo mensal. O total de desempregados se manteve estável, em 7,1 milhões de pessoas. Desde meados de 2024, a taxa de desemprego vem se mantendo próxima dos 4%.
O resultado superou com folga as expectativas dos analistas consultados pelo Wall Street Journal, que projetavam a criação de cerca de 140 mil vagas em março. A estimativa para o desemprego era de 4,1%.
Termômetro da economia
Conhecido como payroll, o relatório acompanha mensalmente a criação de empregos fora do setor agrícola nos Estados Unidos e é considerado um dos principais termômetros da atividade econômica do país. Os dados são observados de perto pelo Federal Reserve (Fed), que os utiliza como um dos principais indicadores para calibrar a política monetária.
Com o mercado de trabalho ainda aquecido, aumenta a pressão para que o Fed mantenha a taxa básica de juros em patamar elevado por mais tempo. Atualmente, os juros americanos estão na faixa de 4,25% a 4,50%.
A divulgação do relatório de março também era aguardada com atenção por causa dos possíveis efeitos das tarifas de importação implementadas pelo presidente Donald Trump. O republicano sustenta que as medidas protecionistas impulsionarão a geração de empregos no país, enquanto economistas alertam para riscos de alta inflacionária e desaceleração do crescimento.
O próximo relatório de empregos, com os dados de abril, será divulgado em 2 de maio.
