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Capitais passam a permitir picapes como táxi; veja os modelos autorizados

Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo estão entre as cidades que regulamentaram o uso de picapes para transporte de passageiros e bagagens volumosas

O uso de picapes como táxis começa a se consolidar em grandes cidades brasileiras. Capitais como Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo, Porto Alegre e São Luís já regulamentaram o uso desse tipo de veículo para o transporte de passageiros, ampliando as opções da frota e oferecendo mais conforto para quem carrega bagagens maiores.

A mudança representa uma inovação para o setor, tradicionalmente restrito a sedãs e hatchbacks. Agora, modelos como Fiat Toro, Chevrolet Montana e Renault Oroch já podem operar legalmente como táxi, desde que cumpram critérios técnicos definidos por cada prefeitura.

Tendência de mercado

O movimento acompanha uma tendência de mercado: as picapes têm ganhado popularidade entre consumidores urbanos, inclusive para uso pessoal. A primeira capital a adotar a mudança foi Porto Alegre, ainda em 2023. Ao longo de 2024, outras cidades seguiram o exemplo.

Além de ampliar a variedade de modelos disponíveis, a medida também possibilita a aquisição de veículos com isenção de IPI e ICMS a cada dois anos para os taxistas — um estímulo à renovação da frota.

Regras específicas por cidade

Em Curitiba, a Urbanização de Curitiba (Urbs) autorizou o uso de caminhonetes, camionetas e picapes com até uma tonelada. Se o modelo tiver carroceria, ela deve ser vedada, para evitar danos à bagagem. Os táxis com essas características serão identificados pela cor laranja, padrão da cidade.

São Paulo regulamentou o uso de picapes em todas as categorias de táxi (Comum, Comum Rádio, Executivo e Especial). Os veículos devem ter cabine dupla, quatro portas, capacidade mínima de 680 litros na caçamba, capota impermeável e rede de fixação de carga. Para atuar na categoria executiva, as exigências aumentam: é necessário motor de pelo menos 165 cv, caçamba com no mínimo 800 litros, entre-eixos de 2,90 m e largura de 1,83 m — requisitos que atualmente apenas a Fiat Toro cumpre.

A capital paulista proíbe cobrança adicional pelo uso da caçamba, e a tarifa segue o valor do taxímetro conforme a categoria do táxi.

Em Belo Horizonte, a Sumob já homologou três picapes para operar nas categorias Convencional, Lotação e Premium. O veículo precisa ter pelo menos 130 cv de potência, entre-eixos de 2,80 m e caçamba com até 990 litros. Kits de gás natural veicular (GNV) são proibidos, e a proteção impermeável da caçamba é obrigatória.

A cidade mineira também homologou a Ram Rampage, enquanto a Fiat Strada, carro mais vendido do país, não atende aos critérios técnicos e permanece fora da lista de veículos autorizados.

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