O Ibovespa fechou em baixa de 1,31% desta segunda-feira (7), aos 125.588 pontos. O dólar subiu 1,28%, cotado a R$ 5,90 no encerramento. O índice nacional abriu a sessão em forte queda, pressionado pelo risco de recessão dos Estados Unidos e a escalada da guerra tarifária. No cenário doméstico, os investidores repercutiram o Boletim Focus. Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) mantiveram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 5,65% em 2025 e reduziram apenas a estimativa do câmbio — com a previsão de que o dólar encerre o ano a R$ 5,90. Na sessão, as petroleiras operaram entre as maiores quedas, com destaque para a Petrobras. Os papéis da estatal foram pressionados, mais uma vez, pelo desempenho do petróleo no mercado internacional, em meio à escalada de uma guerra comercial. Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para junho, encerraram com baixa de 2,08%, a US$ 64,21 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Além disso, a notícia sobre possível intervenção nos preços repercutiu sobre as ações da petroleira. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, procurou a direção da Petrobras para levar cálculos que mostram a viabilidade de uma redução no preço dos combustíveis, tendo como argumentos o aumento da oferta mundial de petróleo e o recuo nas cotações internacionais. Ainda entre os pesos-pesados, Vale também fechou em forte queda na esteira do minério de ferro. O contrato mais líquido da commodity, para setembro, encerrou a sessão com recuo de 3,29%, a 720 yuans (US$ 98,86) na Bolsa de Dalian, na China. Nos EUA, os índices fecharam sem direção única, em mais uma sessão volátil. O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a endurecer o discurso contra a segunda maior economia do mundo. Em publicação na rede social Truth, Trump disse que, se a China não recuar na tarifa retaliatória, os EUA vão aumentar a alíquota de importação recíproca de 34% para 50% — mantendo a data prevista. Ele ainda afirmou que as negociações sobre as tarifas com Pequim foram encerradas.
As maiores altas foram da Paranapanema (30%) e Armac (6,02%). As baixas, Alliar (-18%) e Grupo Monteiro Aranha (-13,07%). Das cinco ações mais negociadas, quatro apresentaram retração: Cogna (-1,46%), Hapvida (-3,29%), preferenciais da Petrobras (-3,97%), Magazine Luiza (-6,37%) e preferenciais da Itaúsa (0,64%). O volume negociado foi de R$ 30,50 bilhões.