(Reuters) – A candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, anunciou nesta terça-feira o plano “Vida Digna”, que atuará, caso eleita, nas áreas de saúde, educação e de igualdade de gênero.
Em visita ao Centro de Parto Humanizado Casa Angela, na zona sul de São Paulo, acompanhada do vice em sua chapa, Eduardo Jorge (PV), Marina lançou o programa que pretende reformar o Sistema Único de Saúde (SUS), ampliar a oferta de creches e a proposição de ampliar o prazo da licença paternidade –algo que serviria de transição para um modelo em que o período da licença possa ser compartilhado entre pais e mães.
A reformulação do SUS prevê a criação de 400 regiões de saúde e uma autoridade nacional sanitária.
No caso das creches, a promessa é de criar 2,5 milhões de vagas e centrar as ações na educação infantil.
A ideia é que os três eixos envolvam o trabalho simultâneo de vários ministérios.
“Quando tem uma boa escola, uma boa creche, um bom atendimento de saúde, as mulheres já estão sendo favorecidas. Mas elas precisam também de políticas que combatam o preconceito, a discriminação que lhe dê possibilidade de ter uma formação profissionalizante, e que elas possam ter acesso aos meios para fazer seus investimentos”, disse Marina.
No eixo voltado às mulheres, um dos principais alvos da campanha de Marina e grupo que mais tem oferecido resistência ao líder das pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro (PSL), o plano de Marina prevê políticas de prevenção da violência, combate ao feminicídio e punição da diferença de salários entre homens e mulheres.
A candidata voltou a criticar fala na véspera do vice de Bolsonaro, general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), segundo quem famílias desestruturadas –onde não há pai ou avô– levam ao surgimento de “elementos desajustados”, que “tendem a ingressar em narco-quadrilhas”.
Marina citou sua avó, que a criou, e repudiou o discurso do vice na chapa adversária.
“Não sei de onde ele constatou isso e de onde tira tanta insensibilidade e desrespeito.”
(Por Maria Carolina Marcello)