Soja, café, carnes, celulose e produtos florestais puxam alta; China mantém liderança como principal destino das vendas externas do setor
As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 12,5% em março de 2025, somando US$ 15,64 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura. O valor é o segundo maior da série histórica para o mês e representa um avanço de US$ 1,74 bilhão em relação ao mesmo período de 2024. O setor respondeu por 53,6% de todas as exportações do país.
O crescimento foi impulsionado por um aumento de 10,2% no volume exportado e de 2,1% nos preços dos produtos. Os destaques foram soja em grãos (US$ 5,7 bilhões), café verde (US$ 1,4 bilhão), carne bovina in natura (US$ 1,1 bilhão), celulose (US$ 988 milhões) e carne de frango in natura (US$ 772,3 milhões), que juntos representaram 83,9% das vendas.
O governo também apontou recordes em produtos como café solúvel, miúdos bovinos, pimenta-do-reino e rações para pets. A China manteve a liderança entre os compradores, com US$ 5,7 bilhões em importações — 36,5% do total — puxadas principalmente pela soja.
As importações de produtos agropecuários pelo Brasil também cresceram, atingindo US$ 1,7 bilhão (+10,8%), com destaque para trigo, cacau e salmões.
Trimestre em alta
De janeiro a março, o setor exportou US$ 37,83 bilhões, alta de 2,1% frente ao mesmo período de 2024. A participação do agro nas exportações totais subiu para 48,9%. Os principais mercados foram China, União Europeia e Estados Unidos, além de países asiáticos como Vietnã e Bangladesh.
As importações no trimestre somaram US$ 5,19 bilhões (+11,9%), e o saldo da balança comercial do setor ficou positivo em US$ 32,65 bilhões.