Por Dominique Vidalon
PARIS (Reuters) – A popularidade do presidente francês, Emmanuel Macron, caiu ainda mais em setembro, intensificando os problemas que afetam seu governo desde a saída de alguns de seus principais ministros e após um escândalo com seu guarda-costas, mostrou uma pesquisa neste domingo.
Apenas 29 por cento dos entrevistados disseram estar satisfeitos com Macron, número menor que os 34 por cento do mês passado, e inferior aos 39 por cento de dois meses atrás, de acordo com o levantamento Ifop, para o Le Journal du Dimanche.
A popularidade de Macron é baixa na maioria das pesquisas. O ex-banqueiro de investimentos venceu as eleições de 2017 com 66,1 por cento dos votos e um projeto reformista de modernizar a segunda potência da zona do euro. Mas muitos eleitores, desde os aposentados mais conservadores aos trabalhadores de baixa renda, reclamam que as políticas de Macron beneficiam principalmente as empresas e os ricos.
O presidente foi criticado na semana passada por dizer a um homem desempregado que ele poderia facilmente conseguir emprego se tentasse.
O ministro do Meio Ambiente, François de Rugy, disse ao canal BFM-TV: “Eu levo essas pesquisas como um empurrão. Elas nos lembram de que precisamos agir”.
“Cada vez que queremos mudanças, algumas pessoas vão se opor a isso. Então temos duas soluções –ou você cessa as esperanças de voltar a ser popular ou continua e, ao mesmo tempo, ouve o povo francês”.
Macron foi atingido no início do mês pela renúncia surpresa de seu antigo ministro do Meio Ambiente, Nicolas Hulot, um popular ex-ativista e apresentador de televisão.
E, no dia 18, o ministro do Interior, Gerard Collomb, um dos aliados mais próximos de Macron, disse que concorrerá às eleições para prefeito de Lyon, em 2020.
A pesquisa Ifop foi conduzida entre 14 e 22 de setembro, com uma amostra de 1.964 pessoas.