Por Ahmed Aboulenein e Raya Jalabi
ERBIL/SULAIMANIYA, Iraque (Reuters) – Os curdos votaram em uma eleição parlamentar em sua região semi-autônoma no norte do Iraque neste domingo, com as dinastias políticas esperando estender seu mandato de poder partilhado, apesar do crescente descontentamento com a percepção de corrupção e dificuldades econômicas.
A votação acontece um ano após a região de seis milhões de pessoas, que ganhou o status de semi-autônoma após a Guerra do Golfo em 1991, ter feito uma tentativa fracassada de se separar do resto do Iraque em uma campanha liderada por Masoud Barzani, líder do Partido Democrático do Curdistão (KDP, na sigla em inglês).
Barzani manteve uma base de apoio, embora seu impulso de independência tenha provocado uma intensa reação do governo de Bagdá e resultado em curdos sendo privados de autonomia territorial e econômica.
E, enquanto as críticas ao establishment curdo dominante –dominado pelas famílias Barzani e Talabani há décadas– têm sido mais vocalizadas, uma fraca oposição significa que os eleitores podem manter o status quo.
“Não sei em quem votarei, mas nossa família sempre apoiou o KDP. Meu filho escolherá um candidato para mim”, disse Halima Ahmed, de 65 anos, enquanto caminhava com uma bengala na cidade de Erbil, assento do Governo Regional do Curdistão (KRG).
Divisões no União Patriótica do Curdistão (PUK) significam que o KDP pode ganhar vantagem em sua coalizão governista de dois partidos.