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Obama faz alerta contra retórica do medo antes de eleições parlamentares dos EUA

Por Joe Skipper e Sharon Bernstein

MIAMI(Reuters) – O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um alerta contra a retórica que ele diz ter sido desenvolvida para semear o medo, em um comício de apoio a candidatos democratas nesta sexta-feira, um dia cheio de campanha que também contará com seu sucessor, o presidente Donald Trump, na estrada pedindo votos para manter seu partido republicano no controle do Congresso. 

Obama abordou um tema comum nas campanhas dos democratas – defendendo a lei de saúde de 2010 que foi seu principal feito doméstico no governo – e também pediu aos americanos que não se envolvam em hostilidades e divisionismo na política. 

Trump, por sua vez, tem insistido incessantemente em sua postura linha dura em relação à imigração em seus frequentes comícios em apoio a candidatos republicanos nas eleições da próxima terça-feira, descrevendo uma impressão sombria e muitas vezes enganadora sobre os principais objetivos políticos de seus rivais. 

“Nas últimas semanas dessa eleição, vimos tentativas repetidas de nos dividirem com uma retórica elaborada para nos tornar raivosos e nos deixar com medo”, disse Obama em comício em Miami. “Mas, em quatro dias, Flórida, vocês podem acabar com esse tipo de comportamento”. 

Obama apareceu em Miami com o candidato ao governo Andrew Gillum, que enfrenta o ex-deputado Ron De Santis, um forte partidário de Trump, e com o Senador Bill Nelson, que está sendo desafiado na disputa ao senado pelo atual governador, o republicano Rick Scott. 

Uma pesquisa da Reuters/Ipsos/UVA mostrou ambos os democratas liderando a corrida com entusiasmo dos eleitores por Gillum, o jovem e progressista prefeito de Tallahassee, o que aparentemente ajudaria Nelson e outros candidatos democratas nas urnas. 

Trump deve aparecer em comícios na sexta-feira em nome de Republicanos que estão disputando vagas no Senado atualmente ocupadas por democratas na Virgínia Ocidental e em Indiana, estados onde Trump venceu a disputa presidencial de 2016. 

Pesquisas de opinião e previsões de agentes não-partidários geralmente mostram os democratas com chances de vencerem 23 vagas adicionais e levando a maioria na Casa dos Representantes dos Estados Unidos, que poderia ser usada para iniciar investigações sobre o governo de Trump e para bloquear sua agenda legislativa. 

É esperado que os republicanos mantenham a maioria no Senado, cujos poderes incluem as confirmações para as nomeações vitalícias de Trump para a Suprema Corte do país. 

O discurso de Obama era repetidamente interrompido por intrusos, o que o levou a brincar: “Por que será que o pessoal que ganhou a última eleição está tão bravo o tempo todo?”. 

Cobertura completa da eleição legislativa dos EUA (em inglês): https://www.reuters.com/politics/election2018

(Reportagem de Joe Skipper e Sharon Bernstein; reportagem adicional de Amy Tennery, Julia Harte, Lisa Lambert and Makini Brice)

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