BRASÍLIA (Reuters) – O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, viajou nesta terça-feira aos Estados Unidos para fortalecer a relação do país com autoridades de segurança norte-americanas, em tratativas que deve envolver parceiras no enfrentamento de crimes transnacionais e também troca de informações no combate às “fake news”, afirmou em nota a Divisão de Comunicação do órgão.
Na agenda de Segóvia, que fica nos EUA até domingo, estão previstos encontros com os dirigentes das principais agências norte-americanas com as quais a PF realiza cooperação policial, além de visita a instalações.
Com as agências norte-americanas, parceiras no enfrentamento de diversas modalidades criminosas transnacionais, a PF visa o compartilhamento de tecnologias, programas de treinamento, capacitação de policiais e a abertura de novas adidâncias temáticas policiais nos EUA.
A interação próxima entre forças policias nacionais e estrangeiras tem obtido resultados relevantes no enfrentamento a crimes como o tráfico internacional de drogas, armas e de pessoas, a lavagem de dinheiro, os crimes cibernéticos e a pornografia infantil, entre outros, disse a PF. Esse tipo de atuação integrada, entretanto, pode ser ainda maior, de acordo com a corporação.
“Nossa intenção é aprofundar a troca de informações com as agências norte-americanas, verificando onde a relação entre a PF e as autoridades das forças de segurança norte-americanas pode ser expandida e aperfeiçoada. Uma estratégia eficaz e ágil de combate a organizações criminosas transnacionais exige a implementação de novas estratégias e canais diretos de cooperação internacional entre as polícias de todo o mundo”, explicou Segóvia, conforme o texto divulgado pela PF.
Outra intenção do diretor-geral será aprofundar o intercâmbio de informações relacionadas ao combate à difusão de notícias falsas, as fake news, durante o processo eleitoral de 2018 para, juntamente com o grupo de trabalho criado no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral, estabelecer uma nova metodologia de combate mais efetiva.
Para isso serão compartilhadas as experiências e aprendizados com os casos de fake news ocorridos na última eleição presidencial nos Estados Unidos.
A intenção, segundo a PF, é aprender com as dificuldades e problemas que ocorreram internamente na campanha eleitoral norte-americana e tentar melhorar na atuação na campanha brasileira.
(Por Ricardo Brito)