Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O presidente eleito Jair Bolsonaro vai retirar bolsa de colostomia após a provável participação no Fórum Econômico Mundial em Davos na Suíça, no final de janeiro de 2019, disse à Reuters um de seus médicos.
“Vai ser depois, não dá para dizer se no fim de janeiro ou início de fevereiro”, afirmou o médico Leandro Echenique.
Inicialmente, a expectativa era de que a cirurgia ocorresse agora em dezembro, mas ela foi reprogramada para 20 de janeiro depois que exames no mês passado mostraram “inflamação do peritônio e processo de inflamação entre as alças intestinais”, fazendo com que a equipe médica decidisse adiar o procedimento.
Bolsonaro foi a São Paulo nesta quinta-feira para se encontrar com os médicos da junta que o assiste desde que foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG) em setembro.
“Vamos reavaliar após o Fórum de Davos e vamos definir a data certa”, disse Echenique à Reuters. Bolsonaro deve participar da reunião na cidade suíça que ocorre entre 22 e 25 de janeiro.
O médico afirmou que Bolsonaro se encontra bem e pronto para a posse e cerimônias que virão a partir de 2019. Nesta manhã, Bolsonaro passou por uma análise clínica e não precisou fazer exames. Os procedimentos de imagem ficaram para uma data mais perto da cirurgia.
Sobre excessos cometidos por Bolsonaro, o médico pediu para que o presidente eleito não faça esforço nem exercício físico e tenha uma dieta rica em proteína para ajudar na recuperação e na futura retirada da bolsa de colostomia.
“Ele vem evoluindo bem e essa foi uma última consulta antes da posse. Foi um exame clínico. Reavaliamos e mantivemos remédios e vitaminas“, disse Echenique. “Reorientamos ele na parte física e alimentar.”