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Turquia diz que poderia trabalhar com Assad se ele vencesse uma eleição democrática

DOHA (Reuters) – A Turquia e outras potências globais poderiam considerar trabalhar com o presidente sírio Bashar al-Assad se ele vencesse uma eleição democrática, disse neste domingo o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em uma conferência no Catar.

A Turquia apoiou a oposição a Assad na guerra civil que estourou na Síria em 2011 e continua a apoiar forças rebeldes que controlam parte do noroeste da Síria. Há um ano, o presidente turco Tayyip Erdogan descreveu Assad como um terrorista e disse que era impossível que os esforços pela paz na Síria continuassem com ele.

Desde então, Assad, com apoio da Rússia e do Irã, conseguiu expulsar os rebeldes de fortalezas no sul do país e do entorno de Damasco, reforçando sua autoridade mesmo enquanto partes do país seguem fora do controle do governo.

Questionado sobre se a Turquia poderia trabalhar com Assad, Cavusoglu afirmou que a Síria deveria promover uma eleição. Se Assad vencesse, ele afirmou no evento em Doha, e se essa for uma eleição democrática, e se ela for crível, então todos deveriam considerar (trabalhar com ele).”

Assad venceu uma disputa pela reeleição em 2014, ao assegurar 88,7 por cento dos votos em uma eleição que a oposição apontou como uma farsa, dizendo que ele não enfrentou nenhum candidato rival confiável e que nenhuma pesquisa realizada em meio a uma guerra civil poderia ser crível.

(Por Dmitry Zdhannikov)

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