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Presidente da China defende implementação de reformas, mas não fala em novas medidas

Por Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) – O presidente da China, Xi Jinping, defendeu a implementação inflexível de reformas sob os termos de Pequim, mas não ofereceu nenhuma medida específica em um discurso para marcar os 40 anos da liberalização do mercado.

Em declarações que duraram quase uma hora e meia, Xi pediu apoio para a economia estatal e o desenvolvimento do setor privado, e afirmou que a China vai ampliar os esforços para abertura e garantir a implementação de importantes reformas.

O substancial suporte da China para seu setor estatal é um ponto de discórdia com os Estados Unidos.

Xi falou sobre uma pressão crescente para acelerar as reformas e melhorar o acesso ao mercado para empresas estrangeiras, uma vez que a guerra comercial com os Estados Unidos está pesando sobre a economia.

Mas ele disse que a China precisa tomar suas próprias decisões.

“Não há nenhum livro que possa fornecer uma regra de ouro, e não há instrutor que possa comandar o povo chinês”, disse Xi no Grande Salão do Povo de Pequim.

Xi falou no dia em que a China comemora o 40º aniversário do início da campanha pelo líder Deng Xiaoping da “reforma e abertura”, que levou ao explosivo crescimento industrial que tornou a economia da China a segunda maior do mundo.

“Temos que, de forma inflexível, reforçar o desenvolvimento da economia estatal enquanto encorajamos, damos suporte e guiamos firmemente o desenvolvimento da economia não estatal”, disse ele.

Xi reafirmou a liderança do Partido Comunista em todos os aspectos da sociedade e disse que as reformas devem ficar em linha com o objetivo geral de melhorar o sistema socialista com as características chinesas.

“A abertura traz progresso, enquanto o fechamento leva ao retrocesso”, disse Xi.

“Todas as medidas de reformas e aberturas não são fáceis. No futuro, enfrentaremos inevitavelmente todos os tipos de riscos e desafios, e mesmos tempestades turbulentas inimagináveis”, disse Xi, destacando o papel do Partido Comunista.

A guerra comercial com os Estados Unidos estimulou alguns empreendedores, conselheiros do governo e institutos de pesquisa a exigir reformas mais rápidas e a liberação de um setor privado sufocado pelos controles estatais e lutando para obter acesso ao crédito.

Xi e o presidente dos EUA, Donald Trump, concordaram no início deste mês com uma trégua de 90 dias na disputa comercial, que interrompeu a imposição das tarifas adicionais prometidas enquanto os dois lados estão em negociação.

William Zarit, presidente da Câmara Norte-americana de Comércio na China, disse que haverá muitas outras oportunidades para a China oferecer mais conteúdo para uma audiência estrangeira.

“Sabemos que a China não quer uma guerra comercial, então estamos otimistas de que a abertura real ainda possa ocorrer antes do fim da trégua de 90 dias, no dia 1º de março”, disse Zarit em um comunicado.

Em seu discurso, Xi enumerou as realizações do desenvolvimento da China desde que deixou de ser uma economia plana, quando os produtos básicos eram racionados e muitas vezes escassos.

“Cupons de grãos, cupons de roupas, cupons de carne, cupons de peixe, cupons de óleo, cupons de tofu, tickets de alimentos, cupons de produtos e outros documentos que as pessoas não podiam ficar sem foram enviados ao museu da história”, afirmou.

“Os tormentos da fome, falta de comida e roupas, e as dificuldades que afligiram nosso povo há milhares de anos, agora amplamente desapareceram e não vão voltar.”

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5644 7729)) REUTERS CMO SI CV

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