PT e PSDB irão errar na estratégia se levarem as candidaturas de Lula e Alckmin até o fim. A avaliação é de David Fleischer, cientista político e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB). Em entrevista a MONEY REPORT, Fleischer afirma que os dois partidos serão coadjuvantes nas eleições presidenciais se não mudarem os candidatos. “O PT está fadado a perder muito esse ano. Se esperar até agosto para definir o substituto de Lula, essa pessoa vai ter pouco tempo para fazer campanha e será um desastre”, diz o professor. “No PSDB, Aécio está destruído e Alckmin não tem carisma, e ainda tem o problema da febre amarela. A única alternativa do partido é lançar Doria”, completa o cientista político. Confira outras avaliações de Fleischer sobre o cenário político no Brasil.
Jair Bolsonaro
“A candidatura dele é extremamente dependente de Lula. Ele é o anti-Lula. Então o balão de Bolsonaro vai murchar sem o petista”.
Luciano Huck
“Poderia ser um aglutinador do centro”.
Joaquim Barbosa
“Está muito relutante, não tem carisma e nem jeito para lidar com o eleitor”.
Marina Silva
“Perdeu muitos apoiadores e precisa melhorar seu jogo”.
Ciro Gomes
“Poderia abocanhar votos do PT se Lula não disputar”.
Michel Temer
“Sem chances de tentar a reeleição. Seu apoio a algum candidato pode ser prejudicial”.
Rodrigo Maia e Henrique Meirelles
“Vão depender da evolução dos dados econômicos”.
O próximo presidente
“Vai ter que conviver com a insatisfação popular desde o ínicio. O índice de votos brancos e nulos na eleição deste ano deve ser alto e poderá ser maior ainda sem Lula na disputa.
Reforma da Previdência
“Mesmo que o atual projeto seja aprovado, o próximo presidente vai ter que fazer uma reforma mais profunda”.
Um candidato outsider
“Podemos ter na disputa uma pessoa que ainda nem estamos cogitando. O Flávio Rocha (dono da Riachuelo) é um caso. Ele está bem articulado, falando bastante e tem um projeto em andamento. Só precisa escolher um partido”.