Por Tim Kelly
TÓQUIO (Reuters) – O ex-diretor da Nissan Greg Kelly foi solto após mais de um mês preso por acusações de má conduta financeira, depois que um tribunal de Tóquio rejeitou nesta terça-feira um recurso da promotoria para manter detido o executivo norte-americano.
Kelly e Carlos Ghosn, afastado da presidência do conselho de administração da montadora, foram presos em 19 de novembro, em um caso que abalou a indústria automobilística mundial.
O executivo pagou uma fiança de 70 milhões de ienes (640 mil dólares) em dinheiro, segundo a Justiça. Ghosn continua preso.
Uma multidão de repórteres se reuniu desde a manhã de terça-feira, antecipando a libertação de Kelly. O executivo deixou o Centro de Detenção de Tóquio com seu advogado, Yoichi Kitamura, de táxi, segundo uma testemunha da Reuters.
Kelly disse em um comunicado que ele não falsificou nenhum documento e esperava recuperar sua honra no tribunal. Ele acrescentou que queria voltar para sua família o mais rápido possível, informou a emissora pública japonesa NHK.
Não houve resposta no escritório de Kitamura quando ele foi contatado pela Reuters para comentários.
Ghosn ainda não teve ainda a oportunidade de se defender em público.
Um tribunal japonês decidiu no domingo prorrogar por 10 dias a prisão de Carlos Ghosn, que tem enfrentado novas acusações de ter empurrado para a empresa 16,6 milhões de dólares de perdas em investimentos pessoais.