SÃO PAULO (Reuters) – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) terminou o ano com alta de 7,54 por cento, após deflação no anterior, pressionado principalmente pela alta dos preços de produtos industriais no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.
Em dezembro, o índice recuou 1,08 por cento, contra expectativa em pesquisa da Reuters de um declínio de 1,11 por cento, depois de ter recuado 0,49 por cento em novembro. Em 2017, o IGP-M terminou com deflação de 0,52 por cento.
Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, registrou queda de 1,67 por cento, sobre recuo de 0,81 por cento no mês anterior, terminando o ano com alta de 9,43 por cento.
No IPA, os produtos industriais terminaram o ano com alta acumulada de 9,96 por cento depois de queda de 1,77 por cento no último mês do ano, enquanto os produtos agropecuários tiveram ao longo de 2018 avanço de 7,83 por cento.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, desacelerou a alta a 0,04 por cento no mês, sobre avanço de 0,09 por cento em novembro. No ano, o IPC acumulou alta de 4,12 por cento.
Em dezembro, o destaque foi o grupo de Transportes, que recuou 0,9 por cento ante uma variação negativa de 0,1 por cento antes, influenciado principalmente pelo comportamento dos preços da gasolina.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou em dezembro alta de 0,13 por cento, depois de avançar 0,26 por cento no mês anterior, e em 12 meses teve uma variação positiva de 3,97 por cento.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
(Por Stéfani Inouye)