BOGOTÁ (Reuters) – Autoridades colombianas estão investigando possíveis tramas para assassinar o presidente Ivan Duque, que podem envolver cidadãos venezuelanos presos carregando “armas de guerra”, disse o ministro das Relações Exteriores, Carlos Holmes Trujillo, no sábado.
Sem dar detalhes, Trujillo disse em uma mensagem via vídeo que informações da inteligência indicam a existência de planos “críveis” visando o presidente de direita, Duque, que assumiu em agosto.
Três venezuelanos foram presos nos últimos dias com armamento pesado, ele disse.
“Investigações da inteligência sobre possíveis ataques têm sido conduzidas há meses”, disse Trujillo. “Soma-se a isso a recente captura de três cidadãos venezuelanos encontrados em posse de armamento de guerra, o que aumenta ainda mais as preocupações.”
Fontes da polícia e do meio militar disseram à Reuters que em 21 de dezembro dois homens venezuelanos foram capturados em um ônibus na cidade de Valledupar carregando dois rifles calibre 5.56 e um terceiro foi preso dias depois, também armado.
As autoridades estão tentando estabelecer uma conexão entre o suposto plano para atacar Duque e a presença dos três homens armados na Colômbia, disseram as fontes.
A segurança de Duque aumentou com a ajuda dos Estados Unidos, Reino Unido e Israel, elas acrescentaram.
Duque, um economista de 42 anos, tem sido um forte crítico do governo socialista do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a quem chama de “ditador”.
Maduro acusou a Colômbia de ajudar “terroristas”, após uma tentativa de ataque com um drone armado no início de agosto. A Colômbia refutou as acusações.
Os dois vizinhos têm relações tensas há anos, com soldados e helicópteros da Guarda Nacional Bolivariana cruzando regularmente a fronteira com a Colômbia.
A Colômbia também é um dos principais destinos de venezuelanos que estão fugindo da escassez de comida e remédios, em meio à crise econômica do país.
(Por Helen Murphy, reportagem adicional por Luis Jaime Acosta)