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Guedes diz que não serão tolerados empréstimos da Caixa Econômica por ligações políticas

Por Ricardo Brito e Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que empréstimos de recursos da Caixa Econômica Federal em razão de ligações políticas não serão tolerados, assim como o uso de verbas públicos do banco estatal na “direção equivocada” sem que haja retorno social e estimule a pirataria privada.

“Temos que aprender dessa experiência que a própria eleição de Bolsonaro é um sonoro não da sociedade a esse tipo de comportamento”, disse Guedes, na solenidade de transmissão de cargo do novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Em discurso, o ministro da Fazenda perguntou onde estavam todos quando isso aconteceu. “Se somos tão bons, por que não impedimos? Estávamos hipnotizados?”, questionou.

Numa referência a escândalos de corrupção que envolveram a instituição nos últimos anos, Guedes afirmou que a Caixa recentemente foi “capturada e se perdeu”.

SUBSÍDIO

O ministro da Economia defendeu que eventuais concessões de subsídios, em qualquer atividade, sejam dados como desembolso da União. Atualmente, esse tipo de política não fica explicitada no orçamento público. “O importante é que haja transparência”, destacou.

Guedes também afirmou, sem dar detalhes, que o fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS) “andou irrigando coisas que não era para irrigar”.

No breve discurso, o ministro da Economia elogiou o novo presidente da Caixa, a quem disse ter “capacidade de trabalho, tem história longa e bem-sucedida de mercado de capitais, é preparado e tem visão de futuro grandiosa”. Ele disse que o banco é um país, com 100 milhões de brasileiros passando pela instituição.

“Por que não usam serviço? Pedro vai tangibilizar o potencial econômico que existe na Caixa, isso só vai fortalecer a instituição”, afirmou. Para ele, à medida que a Caixa se recupere, o grande desafio interno é a meritocracia e a governança.

Guedes disse que haverá um “escrutínio” em empréstimos e gastos com publicidade da Caixa. Destacou que há uma decisão do governo de trabalhar próximo ao Tribunal de Contas da União, Ministério Público e dos funcionários.

“No sistema antigo, quem descobre algo de errado tem que abafar; no nosso sistema é o contrário, quem sinalizar fumaça antes que pegue fogo tem que ser premiado”, afirmou.

“A Caixa teve episódio de perdição, mas está voltando para os seus maiores desígnios”, concluiu, sob forte aplauso.

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