RIO DE JANEIRO (Reuters) – O carro em que estava a deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ) foi alvo de um ataque a tiros na Penha, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, neste domingo, mas a parlamentar passa bem apesar de seu motorista ter sido baleado.
O carro em que a deputada estava, na companhia de sua mãe de 88 anos, foi fechado por um outro veículo com homens armados e encapuzados.
Na troca de tiros, o motorista, um policial militar reformado, foi baleado na perna, mas já foi atendido em um hospital e liberado.
A deputada foi chefe da Polícia Civil do Estado e está à frente da comissão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que analisa o impedimento do ex-governador Luiz Fernando Pezão, que está preso desde o ano passado mas pode se tornar inelegível.
Martha Rocha prestou depoimento na Divisão de Homicídios e revelou que já tinha sido alertada pelo serviço de Disque Denúncia sobre ameaças envolvendo o nome dela.
“Eu recebi uma notícia do Disque Denúncia, mais precisamente três notícias, de uma ameaça dirigida a mim. A informação de que um segmento da milícia planejava atingir algumas autoridades e o meu nome vinha especificado“, disse ela a jornalistas.
Em nota, a assessoria de imprensa da Alerj afirmou que “considera extremamente grave o ataque a tiros contra o carro em que estava a deputada Martha Rocha.
“A Alerj espera que o caso seja apurado com urgência para prisão e punição dos responsáveis”, afirmou.
A polícia investiga se a parlamentar foi alvo de um atentado ou de uma tentativa de assalto.
Esse ano, o carro do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, também foi alvo de tiros em uma comunidade da cidade na Baixada Fluminense.
Em março do ano passado, a vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram mortos em um atentado na zona norte. O crime até agora não foi esclarecido mas o governador Wilson Witzel disse neste fim de semana que o caso pode ser solucionado até o fim do mês.
Witzel determinou prioridade na investigação do caso de Martha Rocha.
“Esse lamentável episódio confirma mais uma vez a necessidade de que esses bandidos sejam tratados como terroristas, porque atuam desta maneira. A legislação brasileira tem que estar à altura da gravidade dos crimes, que mostram uma face do terrorismo e que estão sendo cometidos contra o nosso Estado e o nosso país”, finalizou.
(Por Rodrigo Viga Gaier)