MALÉ (Reuters) – Mesmo com o crescimento da pressão internacional, as Maldivas continuam adiando o cumprimento de uma decisão da Suprema Corte para soltura imediata e novos julgamentos de nove líderes da oposição, liberando-os para que disputem a Presidência neste ano.
A nação do Oceano Índico passa por uma crise política desde que Mohamed Nasheed, seu primeiro líder democraticamente eleito, foi derrubado em 2012. Ele alega motivos médicos e se mantém em exílio, não cumprindo a sentença de 13 anos de prisão por terrorismo.
A Suprema Corte informou na quinta-feira que os julgamentos de Nasheed e outros nove políticos, muitos dos quais desafiaram o presidente atual, Abdulla Yameen, violaram a Constituição e as leis internacionais. Ela decidiu que os promotores e juízes foram indevidamente influenciados “para conduzir investigações politicamente motivadas” contra os acusados.
Na sexta-feira, o procurador-geral, Mohamed Anil, disse que teve conversas com o chefe da Justiça, Abdulla Saeed, sobre as preocupações do governo na soltura de indivíduos cujas acusações vão de terrorismo a corrupção e traição.
“O procurador-geral está no momento no processo de examinar os casos e determinar a melhor forma de seguir com a implementação da decisão da Suprema Corte, e o procurador-geral vai apresentar suas recomendações o mais rápido possível”, informou o governo em comunicado.