BARCELONA (Reuters) – Neymar brincou de “gato e rato” com o Barcelona durante a última temporada antes de sua transferência para o Paris Saint-Germain, disse o vice-presidente do Barcelona Jordi Mestre.
O PSG pagou 222 milhões de euros (ou 277 milhões de dólares) de multa rescisória do contrato do atacante brasileiro em agosto de 2017, fazendo dele o jogador mais caro da história do futebol.
O Barcelona acreditava que Neymar permaneceria no clube, com o vice-presidente Mestre dizendo que estava “200 por cento certo” de que o brasileiro ficaria no Camp Nou para a próxima temporada.
“O que mais me machucou foi a forma como aconteceu”, disse Mestre em entrevista ao jornal Diario Sport.
“Nós estávamos todos viajando e conversando com ele e com seu pai, e eles não foram transparentes.”
“Se ele viesse até nós e dissesse ‘eu quero sair’, como fizeram Cesc (Fabregas), Pedro, Alexis (Sánchez) e (Javier) Mascherano, nós teríamos chegado a um acordo. Mas o que você não pode fazer é causar essa intriga.”
“Ele brincou de gato e rato conosco. Chegou a um ponto em que nós vimos onde isso iria dar e então dissemos a ele que não pagaríamos mais sua taxa de fidelidade de renovação do contrato.”
Neymar e seus representantes não responderam à solicitação de entrevista da Reuters.
O jogador renovou seu contrato com o Barcelona em julho de 2016, o que significa que ele teria direito a um bônus de 26 milhões de euros pela renovação.
O Barcelona não pagou a quantia e depositou o dinheiro em um notário. A Fifa, órgão máximo do futebol mundial, vai investigar o assunto a partir de uma reclamação formal do atacante brasileiro.
Jordi Mestre afirma que o comportamento de Neymar causou inflação no mercado de transferências.
“Ele não nos disse nada. Se ele tivesse nos contado, o PSG poderia tê-lo comprado por muito menos dinheiro e isso significaria que gastaríamos menos para contratar atletas também”, acrescentou o executivo do Barcelona.
“O que o comportamento de Neymar criou foi inflação no mercado. Nós teríamos economizado muito dinheiro e muito barulho da imprensa.”
(Por Rik Sharma)