CARACAS/MADRI (Reuters) – Autoridades da Venezuela detiveram três jornalistas estrangeiros e um motorista que trabalhavam para a agência de notícias espanhola EFE, na quarta-feira, informou a empresa, nas mais recentes prisões de repórteres que cobrem os esforços apoiados pelos Estados Unidos para afastar o presidente Nicolás Maduro.
O fotógrafo colombiano Leonardo Muñoz foi preso com seu motorista venezuelano, José Salas, quando noticiava protestos contra o governo.
Horas mais tarde, agentes de inteligência detiveram o repórter espanhol Gonzalo Domínguez Loeda e a produtora de televisão colombiana Maurén Barriga Vargas em seu hotel, disse a chefe de redação da EFE em Caracas, Nélida Fernández.
Toda a equipe havia partido de Bogotá no início do mês.
O governo espanhol criticou as detenções e pediu a Caracas que liberte os jornalistas e o motorista imediatamente. Todos os quatro trabalham para a estatal espanhola EFE, a quarta maior agência de notícias do mundo.
“O governo (da Espanha) exige sua libertação imediata… o governo volta a pedir que as autoridades da Venezuela respeitem o Estado de Direito, os direitos humanos e as liberdades fundamentais, das quais a liberdade de imprensa é um elemento central”, disse Madri em um comunicado nesta quinta-feira.
As prisões vieram na esteira da deportação de dois repórteres chilenos detidos nesta semana. Uma fonte diplomática da França disse na quarta-feira que dois repórteres franceses que cobriam a crise foram presos e que a embaixada francesa está pleiteando sua soltura.
“Nossa embaixada pediu proteção consular, de acordo com a Convenção de Viena, e em particular o direito de acesso”, disse a fonte.
Os repórteres franceses estavam trabalhando para o programa de TV diário Quotidien, da rede TF1, que não quis comentar.
(Redação de Caracas; Reportagem adicional de John Irish e Elizabeth Pineau, em Paris, e Jose Elias Rodríguez, em Madri)