Geraldo Alckmin pensou que teria vida tranquila no PSDB depois de ver Aécio Neves e João Doria – a princípio – fora do páreo da corrida presidencial. O governador de São Paulo não decola nas pesquisas e diariamente precisa lidar com o fogo amigo. Alckmin precisará superar pelos menos três desafios para ser candidato e ir ao segundo turno na disputa pelo Planalto. O primeiro obstáculo será a prévia dentro do PSDB contra o prefeito de Manaus, Arthur Virgilio. Em seguida, o governador paulista terá que aglutinar apoio e não perder aliados naturais, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Luciano Huck pode ser um entrave no caminho de Alckmin. O apresentador da TV Globo observa atento o cenário político e tem ganhado elogios de FHC. Até mesmo a ausência de Lula pode ter uma influência inesperada. O cenário sem o petista estimula o lançamento de várias candidaturas que podem tirar votos do governador, como do senador Alvaro Dias (Podemos-PR). A última pesquisa Datafolha mostra o parlamentar paranaense com até 20% das intenções de voto na Região Sul, um reduto fundamental para as pretensões do PSDB.