Em um dia positivo no exterior, o Ibovespa alcançou a marca dos 100 mil pontos pela primeira vez na sua história, chegando aos 100.038 pontos na máxima do pregão. O índice encerrou esta segunda-feira (18) aos 99.994 pontos, em alta de 0,86%, após ter subido 3,96% na semana passada.
A sessão foi de baixa aversão ao risco para os mercados globais, que avançaram à espera da reunião do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) na quarta (18), que vai deliberar sobre a taxa de juros americana e indicar sua trajetória para os próximos encontros do Fomc (comitê de política monetária da instituição). A manutenção dos juros em um patamar baixo é benéfica para os mercados emergentes, por deixar os investimentos em títulos do tesouro americano menos rentáveis. No Brasil, os investidores seguem atentos à tramitação da reforma da Previdência e à primeira reunião do BC sob o comando do novo presidente, Roberto Campos Neto, também na quarta.
Na opinião do analista Raphael Figueredo, da Eleven Financial, a chegada aos 100 mil pontos é uma “conquista” para quem aposta no mercado desde 2016, quando o Ibovespa começou a reagir depois de três anos consecutivos de queda. “Feliz é aquele que se planejou até aqui. Não é porque alcançou os 100 mil pontos que se deve tomar uma decisão”, analisa. “Bolsa envolve um planejamento constante para determinar um cenário ao longo do tempo”. Para Figueredo, a marca atingida nesta segunda é “realista” e não reflete um problema de precificação. “Boa parte desse número está atrelada à melhora cíclica da nossa economia, aliada a uma expectativa em relação à aprovação da reforma da Previdência”. A Eleven Financial projeta que o índice vai alcançar os 123 mil pontos até o fim de 2019.
Entre as cinco ações mais negociadas desta segunda, três fecharam em alta: preferenciais da Petrobras (1,73%), Ambev (3,28%) e Itaú Unibanco (0,16%). Os papeis da Vale (-0,18%) e Banco do Brasil (-0,76%) encerraram a sessão em queda. O dólar comercial caiu 0,74%, negociado por R$ 3,79.