O presidente da General Motors para o Mercosul, Carlos Zarlenga, disse nesta quinta-feira (21) que o Brasil precisa de uma reforma tributária para que a indústria seja mais competitiva. “Todo mundo quer estar no país. Os investimentos vão chegar com a queda dos impostos”, afirmou. O executivo participou do evento “Os desafios de uma nova era – Além das reformas, o que falta para o país deslanchar de vez?”, promovido por MONEY REPORT.
Zarlenga falou do investimento de R$ 10 bilhões previsto pela montadora até 2024 em duas fábricas em São Paulo. O plano foi anunciado nesta semana, dois meses após a ameaça da empresa de encerrar as operações no país. Ele explicou que a indústria automotiva brasileira passou pelo maior ciclo de crescimento da história, que durou 13 anos, mas que desde 2013 a situação se deteriorou. “Muitas montadoras perderam dinheiro com o cenário econômico no país. Em outras, o lucro atingido não compensava o capital investido”, comentou.
Na avaliação do presidente da GM, os incentivos concedidos pelo governo de São Paulo dão uma tranquilidade para continuar. “Viabilizou a empresa a fazer esse investimento”, destacou. Ele defendeu outras medidas para estimular o setor automotivo. Além da reforma tributária, o executivo cobrou um programa de exportações. “Vejo uma enorme oportunidade no futuro com um plano concreto. Muitos empregos podem ser gerados por essa indústria”, completou.