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As ações que mais subiram e caíram nos 100 primeiros dias de Bolsonaro

As ações de empresas ligadas à exploração de commodities são os principais destaques da bolsa brasileira nos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro. Entre os papeis negociados com volume diário médio de pelo menos R$ 1 milhão, CSN e PetroRio lideram o ranking, elaborado pela Economatica a pedido de MONEY REPORT. Enquanto a siderúrgica viu seu valor de mercado subir 89,14% entre o primeiro pregão do ano, no dia 2 de janeiro, e o fechamento desta terça-feira (9), as ações da petroleira subiram 81,55%.

Analista da corretora Necton, Álvaro Frasson destaca que as duas empresas se beneficiaram do aumento nos preços internacionais do minério de ferro e do petróleo, além de fatores extraordinários e decisões acertadas de gestão.

“A CSN foi ajudada pelo acidente da Vale em Brumadinho, que elevou o preço do minério de ferro no mercado internacional”, analisa. “A PetroRio tem feito aquisições de campos de petróleo maduros, que estão tendo boa performance. Ela conseguiu alinhar um timing bom de investimentos com a alta do petróleo no exterior.”

Ainda entre as commodities, a QGEP Participações – petroleira da construtora Queiroz Galvão – aparece na quinta colocação, com avanço de 61,07%, enquanto o frigorífico Minerva Foods está no nono lugar (49,30%). O setor financeiro também está presente, com BTG Pactual (63,15%, em terceiro), Banco Pan (63,08%, em quarto) e Banco Inter (48,96%, em décimo). Completam o ranking a JSL (59,94%, em quinto), empresa de logística, a Totvs (54,12%, em sétimo) e a Sinqia (49,90%, em oitavo), ambas de tecnologia.

Maiores baixas

Por outro lado, empresas do setor de construção estão entre as que mais perderam valor de mercado neste início de 2019. Prejudicada pelo momento tímido do mercado imobiliário e por erros de gestão, com sucessivos prejuízos trimestrais, a Gafisa viu o preço de suas ações cair 55,03%. As construtoras PDG Realty e Viver viram seus papeis se desvalorizar 42,34% e 25,53%, respectivamente.

Já a Forja Taurus (-17,54%) sofre após um processo de especulação no ano passado, impulsionado pela vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. Os investidores acreditavam que uma política mais flexível do governo em relação à posse e ao porte de armas seria benéfica à empresa.

“O que chama mais a atenção entre as maiores quedas é o recuo de três companhias ligadas ao consumo: Lojas Americanas, Guararapes e CVC”, afirma Frasson. “Esperávamos uma retomada mais forte do consumo no começo do ano. Isso acabou não se concretizando, frustrando o mercado”, completa.

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