Por Leonardo Goy e Luciano Costa
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) – A Eletrobras<ELET6.SA> conseguiu dar início no final da tarde a uma assembleia-geral de acionistas em Brasília para discutir o modelo de privatização de suas seis distribuidoras de energia que atuam no Norte e Nordeste, após protestos de sindicatos atrasarem o encontro, que só foi viabilizado depois de decisão judicial, disseram à Reuters duas fontes.
A estatal chegou a acionar a polícia e depois conseguiu na Justiça uma determinação para que os manifestantes liberassem a entrada no local da assembleia, disse uma fonte da empresa, que falou sob a condição de anonimato, porque não estava autorizada a falar com a imprensa sobre o tema.
Os participantes do ato carregavam faixas e bandeiras com frases contra a proposta do governo de vender as subsidiárias de distribuição, que são fortemente deficitárias.
“O povo do Norte e Nordeste precisa das distribuidoras da Eletrobras”, dizia um dos cartazes. “A Eletrobras é do povo brasileiro”, estava escrito em outra faixa.
As distribuidoras da Eletrobras atuam no Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.
Além da manifestação, sindicatos de trabalhadores da companhia promovem uma paralisação nesta quinta-feira contra as privatizações. A Eletrobras disse que “os serviços essenciais à população continuam sendo prestados normalmente”, apesar da greve.
Os sindicatos ainda tentam suspender ou invalidar a assembleia por meio de ações judiciais.