Na audiência pública da comissão especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou que a proposta não retira direitos adquiridos. Guedes afirmou que o projeto elaborado pelo governo ataca privilégios e pode colocar o país no caminho de um crescimento sustentável nos próximos anos. Sabatinado por mais de oito horas pelos deputados, o ministro falou do rombo no sistema previdenciário e destacou que não há mais espaço para aumentos de tributos para reequilibrar as contas públicas. Na avaliação do ministro, em um cenário de estagnação, eventuais reajustes só serviriam para provocar desemprego e aumentar a informalidade.
“Sempre falei na campanha que o Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento. Estamos em um endividamento com bola de neve e já subimos impostos. Os juros são muito mais altos que no resto do mundo, os impostos muito mais altos, e o Brasil parou de crescer. Não é surpresa que o Brasil não cresça”. declarou.
Guedes cobrou responsabilidade do Congresso para reverter a situação e ressaltou que com a aprovação da reforma o país começará a reduzir o contingente de cerca de 13 milhões de desempregados.