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Fintechs ajudam ‘geração Z’ a equilibrar gastos

O desequilíbrio financeiro entre os mais jovens está abrindo espaço para que fintechs invistam em soluções tecnológicas para ajudar o público a reorganizar as contas do dia a dia.

Pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que quatro entre dez jovens com idades entre 18 e 24 anos – a chamada geração Z –  estão ou já estiveram com o nome negativado devido ao excesso de dívidas. Entre os principais motivos está a falta de planejamento e controle financeiro.

Foi de olho nesse público que surgiu o aplicativo GuiaBolso, uma espécie de planilha de gastos que facilita o controle das contas diárias. A ferramenta permite ao usuário ter suas contas sincronizadas, sem a necessidade de ficar registrando em um papel todos os gastos.

“Atuamos como personal trainer do dinheiro, ajudando pessoas a fazer escolhas mais assertivas”, explica Julio Duram, diretor de produto e tecnologia do GuiaBolso.

A plataforma tem 5,5 milhões de usuários. Entre esses, 25% têm de 18 a 25 anos de idade, praticamente a mesma faixa etária apontada pela pesquisa.

Além de organizar as dívidas, o objetivo de algumas startups de finanças é fazer com que os jovens endividados possam ter um cartão de crédito, sem a necessidade de comprovar renda. 

A Acesso, startup paulista fundada 2010, por exemplo, lançou um cartão pré-pago em que o usuário carrega apenas o valor que vai utilizar. O intuito da modalidade é evitar gastos desnecessários. 

Segundo Juliano Motta, diretor de marketing da empresa, o cartão dá acesso a um benefício que talvez o usuário pode não ter em outras instituições financeiras, visto que, geralmente, o sistema bancário tradicional não libera mais crédito para quem já está com débito em atraso. 

“Nosso objetivo é atender esse público que não está nos sistemas de créditos”, explica Motta. Em 2018, os cartões da Acesso movimentaram cerca de R$ 1,5 bilhão.

Segundo o estudo CNDL/ SPC Brasil, 26% dos jovens ainda utilizam o bloquinho de papel para organizar as dívidas. O número indica que há espaço para o desenvolvimento de novos aplicativos e o surgimento de mais fintechs para incentivar a educação financeira entre as novas gerações.

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