Por Joyce Lee
SEUL (Reuters) – A amiga da ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye que esteve no cerne de um escândalo de tráfico de influência que abalou a elite econômica e política da Coreia do Sul foi condenada a 20 anos de prisão, informou um tribunal de Seul nesta terça-feira.
A corte também sentenciou o presidente do conselho do Grupo Lotte, o quinto maior conglomerado do país, a dois anos e seis meses de prisão no mesmo caso.
Choi Soon-sil, uma confidente de Park, foi condenada por receber subornos de conglomerados sul-coreanos, incluindo a Samsung, a maior fabricante mundial de smartphones e semicondutores, e o Grupo Lotte.
Park sofreu um impeachment em março passado e está sendo julgada separadamente por acusações de suborno, abuso de poder e coerção. Ela nega qualquer irregularidade.
O presidente do conselho do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, estava no tribunal no momento do veredicto e foi posto sob custódia.
“Seu ato acabou com as esperanças e a fé da comunidade e do povo… oferecer subornos fere a justiça da sociedade”, disse Kim Se-yun, o juiz que presidia a sessão.
A prisão de Shin cria um vácuo de liderança na Lotte, uma gigante com 102 bilhões de dólares em ativos que acumula prejuízos em suas operações na China.
(Reportagem adicional de Ju-min Park e Jane Chung)