Carlos Catraio, sócio-diretor da Brasil Distressed (BrD), atua em um mercado pouco convencional e de alto risco: o de compra de dívidas corporativas em atraso. Em entrevista a MONEY REPORT, ele conta como as operações são feitas. Segundo Catraio, a BrD compra de bancos e fornecedores dívidas em atraso por um percentual abaixo do valor original e em seguida negocia com os devedores, oferecendo condições mais vantajosas. O executivo afirma que a operação é importante tanto para os credores, que limpam seus balanços, quanto para os devedores, que se livram das dívidas e de eventuais cobranças na Justiça. O risco para a negociadora é compensado pela alta margem de lucro que ela consegue com a transação. Para Catraio, depois de um período de crise no país, que fez aumentar a inadimplência das companhias, a melhora do cenário econômico deve favorecer o crescimento do setor, já que muitas empresas querem quitar as dívidas em atraso.