Por Bernie Woodall e Zachary Fagenson
PARKLAND, Flórida (Reuters) – Um jovem de 19 anos deve comparecer perante um tribunal da Flórida nesta quinta-feira, acusado de 17 homicídios, um dia depois de, segundo autoridades, ter aberto fogo na escola de onde havia sido expulso, provocando um dos mais letais incidentes com tiros em colégios na história dos Estados Unidos.
O ex-aluno, identificado como Nikolas Cruz, adentrou na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas em Parkland, na quarta-feira, e abriu fogo contra estudantes e professores, disse o chefe de polícia do condado de Broward, Scott Israel. A polícia acredita que ele agiu sozinho.
Cruz deve comparecer a um tribunal na tarde desta quinta para uma audiência sob 17 acusações de homicídio premeditado, disse Constance Simmons, uma porta-voz do gabinete da promotoria do Estado.
O ex-aluno estava armado com um fuzil do tipo AR-15 e tinha diversas revistas de munição quando se entregou para policiais em uma área residencial próxima, segundo a polícia. Ele amava armas e foi expulso da escola por razões disciplinares não especificadas, disseram ex-colegas e a polícia.
O incidente com tiros na comunidade localizada 72 quilômetros ao norte de Miami foi o 18º a ocorrer em uma escola dos Estados Unidos este ano, de acordo com o grupo de controle de armas Everytown for Gun Safety, mantendo um padrão preocupante que tem se desenvolvido ao longo dos últimos anos.
Foi o segundo tiroteio mais mortal em uma escola pública dos EUA após o massacre, em 2012, de 20 alunos de primeiro ano e seis educadores da escola básica Sandy Hook em Newtown, Connecticut.
O ataque a tiros mais mortal em uma escola na história dos EUA foi em Virginia Tech, em 2007, quando 32 pessoas foram mortas.