BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta sexta-feira que o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro será votado na próxima semana, o que inviabiliza a votação da reforma da Previdência nesse período, mas não descartou que a proposta com as mudanças nas regras previdenciárias seja votada ainda neste mês.
Em café da manhã com jornalistas, Maia disse que o debate sobre a reforma da Previdência continua e que ele seguirá trabalhando na articulação para conseguir os votos necessários para aprovar a matéria.
Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação. Maia ressaltou que a votação em primeiro turno da reforma precisa ocorrer ainda em fevereiro.
O presidente Michel Temer decidiu, na noite de quinta-feira, decretar a intervenção federal na segurança pública do RJ. Como parte da intervenção, o governo federal nomeará um general do Exército como interventor no Estado, com responsabilidade sobre a polícia, os bombeiros e o setor de inteligência, segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que participou do encontro.
Há divergências sobre a possibilidade de se votar a reforma da Previdência durante a vigência do decreto de intervenção.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito)