Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A produção de níquel da Vale caiu 7,3 por cento em 2017 ante 2016, para 288,2 mil de toneladas, puxando para baixo as vendas do produto ao longo do ano passado, impactada principalmente por operações no Canadá, informou a empresa nesta sexta-feira.
A queda na produção sofreu com o fechamento de um dos fornos em Thompson, que segundo a empresa está em linha com o compromisso da Vale de transição para um menor “footprint” em níquel. Thompson, na província canadense de Manitoba, produziu 23 mil toneladas em 2017, queda de 13,2 por cento ante o ano anterior.
Além disso, a extração de níquel também caiu em função da transição para o fluxo operacional com forno único em Sudbury, em busca de otimizar as operações no Atlântico Norte e melhorar a competitividade. Sudbury produziu 61,9 mil toneladas em 2017, queda de 23 por cento ante o ano anterior.
A produção total no ano, no entanto, ficou em linha com o volume de 287 mil toneladas previsto anteriormente no tradicional evento Vale Day, em Nova York, em dezembro.
A produção de níquel de seu projeto de níquel na ilha do Pacífico Sul Vale Nova Caledônia (VNC) foi de 40,3 mil toneladas em 2017, ficando 6 mil toneladas acima de 2016. Já a produção de Onça Puma, no Pará, totalizou 24,7 mil toneladas em 2017, ficando 600 toneladas acima de 2016.
Como resultado, o volume de vendas de níquel em 2017 caiu 5,3 por cento ante o ano anterior, para 294,6 mil toneladas, principalmente devido ao menor volume de produção, segundo a empresa.
A companhia explicou que volumes de vendas ficaram maiores quando comparados aos de produção em 2017, devido à venda de 4 mil toneladas de níquel adquiridos de terceiros e à redução de 2 mil toneladas de estoque de produto acabado.
COBRE
A produção de cobre da Vale, por sua vez, alcançou 438,5 mil toneladas em 2017, queda de 1,6 por cento ante 2016 e em linha com a previsão de 438 mil toneladas anunciada previamente, segundo a mineradora.
A Vale explicou que a produção de cobre diminuiu nas operações canadenses, com a transição do fluxo para um menor “footprint”, assim como ao impacto de uma parada não programada de manutenção na mina de Coleman, que foram praticamente compensados por um recorde anual de produção de 193,4 mil toneladas em Salobo, no Pará, que ficou 17,5 mil toneladas acima de 2016.
Os volumes de venda de cobre da Vale alcançaram 423,8 mil toneladas em 2017, queda de 1,4 por cento ante 2016.
(Por Marta Nogueira)