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Republicanos enfrentam primeiro teste sobre poder de cortes de impostos para conquistar votos

Por Tim Reid

WASHINGTON, Pensilvânia (Reuters) – Mark Marran, um gerente de operações de uma empresa listada na Fortune 500, votou em Donald Trump. Há duas semanas, ele percebeu 100 dólares extras em seu pagamento quinzenal, cortesia dos abrangentes cortes de impostos aprovados pelo Congresso republicano no fim do ano passado.

Marran disse que o dinheiro extra é bom, mas não vai mudar sua vida.

“Muitas pessoas por aqui pensam (que os cortes de impostos) eram um doação aos ricos”, disse Marran, 56, morador desta cidade de 14 mil habitantes a cerca de 30 milhas ao sudoeste de Pittsburgh.

Um pouco acima na rua, George Smith, o funcionário de uma ótica que faz 55 mil dólares por ano, ecoou o mesmo sentimento. Tragando um cigarro, o eleitor de Trump disse que agora está recebendo 120 dólares a mais em seu contracheque. Mas ele disse que os mais ricos é que realmente ganharam.

“É quase como se nos jogassem um osso”, disse Smith, 59.

Estas são palavras preocupantes para o Partido Republicano, que está se amparando nos cortes de impostos propostos pelo presidente Trump para ajudar republicanos a retomar o controle da Câmara e no Senado nas eleições de novembro.

Um teste crucial está previsto para o dia 13 de março aqui na Pensilvânia. O candidato republicano Rick Saccone, um conservador e leal a Trump, tentará vencer uma eleição especial para o Congresso em um distrito onde o presidente ganhou por 19 pontos em 2016.

Porém, pesquisas recentes mostram uma disputa cada vez mais apertada no 18º distrito da Pensilvânia, onde republicanos tipicamente têm uma vantagem de dois dígitos.

Analistas políticos apontam para alguns fatores que alimentam a competição na campanha, incluindo baixos números de aprovação de Trump e entusiasmo elevado dos democratas. O candidato democrata Conor Lamb, um fuzileiro da reserva e ex-procurador federal está concorrendo como moderado em um distrito onde liberais são vistos com suspeita.

Saccone, enquanto isso, tem batido na tecla de que a legislação sancionada por Trump como benefício para a classe média. “Os cortes de impostos estão mudando vidas”, diz um dos anúncios de Saccone na TV. Mas ainda está para ser visto como céticos como Marran e Smith serão persuadidos.

Estas dúvidas se refletem em uma nova pesquisa de opinião pública Reuters/Ipsos que mostra uma pluralidade que acredita que a lei é um presente para os ricos e grandes empresas.

Cerca de 36 por cento dos entrevistados disseram que os ricos se beneficiariam mais, enquanto outros 22 por cento disseram que seriam as grandes corporações dos EUA. Só 14 por cento disseram acreditar que a classe média seria a principal beneficiária.

A pesquisa também sugere que o plano tributário sozinho pode não impulsionar republicanos a votar em novembro. Cerca de 55 por cento dos entrevistados disse que os cortes de impostos “me torna mais interessado em votar nos democratas” ou “não vai mudar meu interesse em votar”.

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