O Banco Central reduziu nesta quarta-feira (18) a Selic, a taxa básica de juros, para 5,5% ao ano. Trata-se do menor patamar desde 1999, quando o governo federal passou a utilizar os juros como ferramenta de política monetária.
Não é exagero afirmar que hoje é um dia histórico. O Brasil já foi conhecido como o país dos juros altos. Altíssimos. Em 1999, convivemos com juros básicos de 45% ao ano.
Juros estratosféricos inibem a atividade produtiva e criam um dos piores agentes do mercado: os rentistas. Para que empreender, arriscar seu capital num país hostil aos negócios como o Brasil se o governo paga, com pouco risco ao credor, um retorno anual de 45% por um empréstimo?
Não é a primeira vez que o país convive com juros baixos. Em 2010, a Selic chegou a 8,75% a.a. Em 2012 e 2013, a 7,25% a.a. Mas não era uma taxa sustentável. Com uma política fiscal frouxa, juros baixos provocariam alta na inflação, como qualquer aluno de Economia do segundo ano aprende em Macroeconomia I.
Agora, a taxa de juros reflete a baixa atividade econômica e cai junto à tentativa do governo de fazer uma reforma fiscal. Há quem diga que nunca mais veremos juros exorbitantes.
É um baita motivo para se comemorar.