Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – O governo ainda não tem um nome para o novo Ministério da Segurança Pública e por isso ainda segura o anúncio oficial de criação da nova pasta, enquanto o presidente Michel Temer analisa indicações para o cargo, disse à Reuters uma alta fonte palaciana.
Temer ainda espera anunciar o ministério e o ministro esta semana, e deve ir a São Paulo no final desta terça-feira para conversar com dois nomes indicados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Moraes, consultado por Temer, indicou seu substituto na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa Filho, e o do chefe da Polícia Civil do Estado, Youssef Abou Chahin.
No entanto, falta aos dois a característica de ser um nome nacional forte e reconhecido no combate ao crime, característica defendida pela fonte como essencial para o cargo. De acordo com a fonte, o governo busca um nome de peso, que pode ser tanto civil quanto militar, ou um jurista de peso que entendesse da área.
Um dos nomes que surge para serem avaliados é o do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen. Hoje um dos homens mais próximos de Temer, o general foi o responsável por coordenar o plano para a criação do ministério.
Chegou-se a sondar também o nome de José Mariano Beltrame mas, no ano passado, quando o governo pensou pela primeira vez em criar o ministério. Beltrame, ex-secretário de segurança do Rio de Janeiro, já havia avisado que não aceitaria.
Outro nome caseiro que surgiu foi o do atual ministro da Defesa, Raul Jungmann. Fonte palaciana disse à Reuters que o ministro gostaria da missão, mas encontrar um outro nome para a Defesa poderia ser mais difícil.
A criação do ministério se dá ao mesmo tempo que a intervenção federal decretara por Temer na área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro na semana passada.
Segundo a fonte palaciana, teria sido ideal anunciar a intervenção juntamente com a criação do ministério, mas como não tinham o nome preferiram não esperar para agir no Rio.