Nos últimos dias, o mercado financeiro começou a debater um assunto que havia sido esquecido nos anos da recessão: a possibilidade de o Brasil recuperar o grau de investimento, como é chamado o selo de bom pagador atribuído pelas agências de classificação de risco a países e empresas. Para simplificar: nações e companhias que têm grau de investimento são consideradas lugares seguros para receber recursos financeiros. O Brasil perdeu o grau de investimento em setembro de 2015, durante o governo Dilma Rousseff. Agora, o cenário mudou. A aprovação da reforma da previdência, a renovação do ambiente de negócios e a responsabilidade fiscal defendida pelo ministro Paulo Guedes são indicadores que agradam as agências que atribuem as notas aos países. O primeiro passado foi dado, com a redução do risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap) – quanto mais alto o índice, mais arriscado é o lugar. Para especialistas, a questão não é mais se o Brasil vai receber o grau de investimento, mas quando.