A necessidade é a mãe das invenções. A equipe Mercedes de Fórmula 1 ajudou a desenvolver um dispositivo respiratório não invasivo que deve ajudar pacientes com coronavírus que precisem de cuidados intensivos. Aprovado no Reino Unido, o aparelho empurra uma mistura de oxigênio e ar para a boca e o nariz a uma taxa contínua, aumentando assim a quantidade de oxigênio nos pulmões. A pressão preenche a máscara de oxigênio com mais eficiência e evita a necessidade de ventilação mecânica completa, durante a qual o paciente deve ser entubado e sedado.
Os engenheiros da Mercedes criaram o respirador em parceria com pesquisadores e médicos da University College London (UCL) e do University College London Hospital (UCLH). O equipamento é chamado de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP, em inglês) e já foi enviado para a China e a Itália.
A solução foi desenvolvida 100 horas após a primeira reunião de trabalho, ocorrida na quarta-feira (18). De acordo com o UCLH, metade dos pacientes que usaram o CPAP não precisaram de ventilação mecânica invasiva. A informação foi veiculada no jornal britânico The Times.