A intenção é aumentar a rentabilidade em um momento de fragilidade da indústria. Nesta quarta-feira (27), as montadoras Renault, Nissan e Mitsubishi anunciaram que irão produzirão em conjunto quase metade de seus modelos até 2025. As vantagens do acordo nipo-francês – ou franco-nipônico – incluem também redução de custos e investimentos em até 40%
A decisão estratégica tem relação com o ex-presidente do consórcio Carlos Ghosn, que incentivou uma corrida pelas vendas e acabou preso por fraude no Japão em 2018. O foco agora está na rentabilidade, já que a liderança nas vendas não serviu de ajuda para as empresas depois da paralisação provocada para a pandemia, já que as margens estavam magras.
“A aliança é a chave de nossa resiliência e de nossa competitividade (…) Hoje, o foco volta para a eficiência e competitividade, mais do que os volumes”, declarou o presidente do grupo, Jean-Dominique Senard, em entrevista coletiva.
A Nissan cuidará dos mercados da China, América do Norte e Japão, a Renault ficará com Europa, Rússia, América do Sul e norte da África, e a Mitsubishi cuidará do Sudeste Asiático e Oceania. Assim, os utilitários esportivos (SUV) médios, como o Renault Kadjar e o Nissan Qashqai, serão montados pela Nissan, enquanto os SUV pequenos, como os Renault Captur e Nissan Juke, serão responsabilidade da Renault. As empresas também informaram que a produção de veículos se reagrupará em uma única fábrica “quando for pertinente”
Pontos fortes na associação, Nissan e Renault devem anunciar até sexta-feira (27) seus planos para redução de custos, incluindo o fechamento de fábricas e cortes de empregos.